Como diminuir os riscos em quem já teve algum problema cardiovascular? Esta é ainda uma questão mal resolvida. Devemos alertar todas as pessoas de que apenas um médico pode avaliar com conhecimentos um paciente que decidiu iniciar ou voltar a fazer atividades físico-esportivas. O que deve ser avaliado? Qual a melhor modalidade? Quais os limites fisiopatológicos? Qual o volume semanal? Que exames são úteis para essa finalidade?
Perguntas às vezes polêmicas merecem respostas diretas. Na meia idade (ao redor dos 40 anos), a medicina ensina que depois de anos silenciosa a maioria das doenças crônico degenerativas, passam a se manifestar. A hipertensão arterial, o diabetes tipo II, a aterosclerose que obstrui principalmente as artérias do coração e as do cérebro são exemplos, como as não letais artroses e lesões crônicas do aparelho locomotor e coluna.
Devem ser avaliados os comportamentos cardiopulmonares com detalhado eletrocardiograma durante o teste ergométrico até exaustão, para todos os pacientes esportistas. Em relação ao teste cardiopulmonar, alguns problemas existem no Brasil afora, nem todas as clínicas tem equipamento específico para esse exame. Hoje, por lei, um médico acompanha um único exame por vez. Existem recomendações médicas para determinada modalidade esportiva que traz risco cardiológico, e por isso, deve ser bem avaliada sua prática por pacientes (exemplos extremos, alpinismo, mergulho, ultra maratona, triathlon, etc).
As melhores modalidades esportivas para um paciente dependem do grau da doença, da idade e das condições locais. Imaginem um esportista que já teve infarto do miocárdio e estando estável, pretende participar de uma maratona no exterior. Tudo depende das suas condições clínicas na ocasião, por exemplo, uma virose (gripe, dengue), um distúrbio gastrointestinal bem recente, sem falarmos das doenças circulatórias não totalmente controladas, são impeditivas para participação da prova, e um alerta para médicos e esportistas: todos os fatores de risco devem estar absolutamente controlados, nunca “quase controlados” (colesterol, hipertensão, diabete e fumo). Condições ambientais normais são fundamentais para uma participação segura desse nosso esportista em tratamento regular.
Grandes e extremas variações de temperatura (abaixo de 14 graus e acima de 32 graus) , um nível de umidade baixa, trazem riscos cardiológicos, pulmonares, de hipotermia, de hipertermia. Portanto não é recomendável participar nestas inóspitas condições ambientais.
A intensidade e volume dos treinos devem obedecer a planilha de um profissional de educação física, sempre lembrar de deixar um dia de descanso entre os dias de treinos. Nunca ultrapassar os limites detectados pelo médico no teste ergométrico prévio e que deve ser repetido periodicamente e após alguma intercorrência clinica.
Para encerrar, apenas um médico deve analisar seus exames clínicos e de laboratório. Não aceite palpites!
Matéria publicada pelo site EuAtleta.com
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